Dia dos finados: especial tecnologias mortas

Feriado de Finados chegando. Nada mais relevante do que falar dos mortos. A todo instante novas tecnologias surgem, inovando e substituindo o que parecia insubstituível. A tecnologia avança a passos largos e o ciclo de vida dos produtos está cada vez menor.

A seguir acompanhe uma análise do que está na fila dos finados:

HD-DVD, BluRay e as emissoras de TV
O HD-DVD e o BluRay já foram lançados com os seus dias contados. Mídias físicas serão substituídas por distribuição pela internet. A Amazon Unbox e a iTunes, entre outras, já descobriram o filão. Consumidores já sabiam dessa errata faz tempo pois trocam arquivos via bit torrent ou outras redes P2P freneticamente. O sucesso de sites como o YouTube é outra prova que queremos disponibilidade de conteúdo e não restrições e mais restrições como o DRM e suportes.
O mundo está vivenciando uma mudança radical na distribuição de conteúdo. Ninguém quer esperar um ano pra assistir à série preferida quando alguma emissora resolver. Ninguém tem mais tempo pra assitir à um programa na televisão na hora em que a emissora quer passar. Todos queremos que a busca retorne os melhores resultados, onde quer que essa informação esteja. Pode ser em um livro na biblioteca da esquina ou em algum blog perdido na web.

Emissoras de TV convencionais também estão entre as tecnologias decadentes. Uma executiva da Disney/ ABC admitiu isso ao descobrir que 15 minutos após um programa passar em sua rede, já estava disponível ilegalmente para download na internet. Quem não mudar o modelo de negócios rapidamente vai virar dinossauro nos próximos anos.

PDA
O assistente pessoal digital, mais conhecido como PDA está na fila dos finados. Faz tempo não se vê grandes lançamentos no mercado de PDAs.
Na verdade, vem evoluindo para uma integração com o celular, surgindo um híbrido chamado smartphone.

Telefone fixo
O crescimento da telefonia fixa é pífio comparado às celulares. Quem quer um telefone que fica preso a um fio e que só dá pra atender se você estiver na mesma localidade que a linha está instalada? A mobilidade está aí e os celulares dominam o cenário (mais de 90 milhões de celulares vs. ao redor de 40 milhões de telefones fixos). Além do que a telefonia sobre IP (VOIP) está crescendo e é muito mais barata que a telefonia fixa convencional.

Sistema Operacional
Windows? MacOS? Linux? Que diferença faz se tudo está migrando para a web?
A tecnologia do momento são os browsers e a tão polêmica web 2.0. É claro que ainda não antingimos a maturidade nos web services e os softwares on-line na maioria das vezes são mais fracos que suas versões off-line. Mas a tendência é essa, a fusão de aplicações web com as desktop.
E quem vai se importar com qual sistema operacional está por trás do seu navegador favorito?

Wi-Fi
Quem ainda acha que wi-fi é internet móvel se engana. O hotspot é móvel? Não. Dá pra acesar o wi-fi de qualquer lugar? Não.
Mas com a chegada do Wi-Max (assunto do post anterior) e das redes celulares 3G essa discussão estará superada.


A conclusão é exagerada, nenhuma das tecnologias acima sumiu em 2007, mas todas estão em uma fase de decadência acentuada, o que pode levar em breve à sua extinção. Não adianta ficar parado ou entrar na guerra errada. É aquele velho ditado: se não pode lutar contra (a nova tecnologia), junte-se a ela, ou seja, mude os conceitos.

Mercados, empresas e portanto profissionais precisam ter a percepção de que para a economia a única coisa certa é a mudança, e a chave para a sobrevivência nos atuais ambientes caóticos de negócios é a capacidade de rápida adaptação.
Ainda há aqueles que deveriam se preocupar em perceber que vivem na cibercultura, consequência da globalização e da forma como o uso do ciberespaço afeta nossas vidas.
A guerra da tecnologia se faz e refaz em guerra e paz, numa permanente luta onde as forças não se anulam, mas se superam. Ganha quem garante a permanência da mudança. Tudo é um eterno vir-a-ser constante.

WiMax: Os dinossauros vão morrer

Dos melhores planos de internet banda larga, aqui no brasil temos o de 8Mbps. Com qualquer conexão superior a 256Kbps já é possível aposentar o telefone comum, como o conhecemos... Hoje em dia minha avó fica horas conversando com minha tia em Portugal com um headset na cabeça, gratuitamente, através do Skype, ou melhor, através do ciberespaço.

A tecnologia WiMax oferece uma conexão de até 75 Mbps em um raio de 50 km. Sem fio, lógico. É muita coisa! Se imaginarmos uma anteninha dessa na cabeça do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, toda a metrópole estaria online, incluindo, é claro, a baixada.
Conferi na "régua" do GoogleEarth e desconsiderando a principio barreiras geográficas.

Vemos, em questão de poucos meses, celulares (dispositivos móveis como um todo) sendo ultrapassados. por novas tecnologias. O infravermelho, por exemplo, já é considerado obsoleto e vem sendo substituido pela tecnologia do bluetooth (1Mbps num raio de 10-100 metros).

Nossa geração assiste a chegada de uma nova geração de DM (dispositivos móveis), com Wi-Fi que permite aos celulares " se conectarem" a uma rede sem fio, mandando assim as operadoras, como a conhecemos, pro espaço. "Hasta la vista" vivo, tim, oi, claro...para o alívio de todos!

Pierre Levy, o filósofo francês autor de Cibercultura, em seu livro "Conexão Planetária" escreve:
"Torna-se absurdo que 25 companhias telefônicas, automobilisticas, aéreas ou de distribução ofereçam o mesmo serviço na mesma região. Logo, para cada grande função não haverá mais de quatro ou cinco mega-empresas planetárias... e uma pequena frota mutante de pequenas empresas inovadoras em torno dela. A pressão dos consumidores, assim como a lógica profunda do marketing, fará progressivamente dessas imensas corporações "serviços públicos" planetários"

Enquanto isso, na república das bananas, o ex-jornalista e funcionário da Rede Globo (até hoje?), ministro das Comunicações, Helio Costa, adia mais uma vez a licitação do WiMax e altera a regra dos pulsos, alegando beneficiar o usuário de internet discada, mas prejudicando todos os outros usuários e ainda esses de internet discada que poderiam ter um acesso gratuito à web através de subsídios do governo à implantaçã dessa tecnologia. A conexão poderia, inclusive, ser oferecida em regiões onde não existe infra-estrutura de cabos telefônicos ou de TV a cabo, abrangendo, assim, regiões de menor infra-estrutura. A decisão foi tomada em conjunto com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para evitar, segundo eles: "perdas ao consumidor" ¬¬

A dimensão do ciberespaço sob o prisma da cidade digital de Niterói

Não só para os moradores e frequentadores da cidade de Niterói, RJ, um trabalho interessante que vincula a cidade ao ciberespaço é o trabalho de Michele Tancman C. da Silva que mostra uma análise que ainda não havia sido abordada quanto a Internet na cidade.

O trabalho intitulado A dimensão do ciberespaço sob o prisma da cidade digital de Niterói (www.tamandare.g12.br/ciber) faz uma análise da cidade digital de Niterói.

Garante que Niterói já está atrelada à era das novas tecnologias e apresenta várias conclusões. Entre as mais relevantes:


1- No processo de produção do espaço, para alguns e não para todos, a rede organiza o território da cidade real e virtual de Niterói, procurando elevar ao máximo a utilização deste espaço apesar de os acessos continuarem sendo muito caros, a começar pelo preço do computador, mesmo assim não há como negar o crescimento dos usuários da rede.

2- A cidade de Niterói já é parte integrante do ciberespaço e ao pertencer a este contexto já se torna uma cidade global.

3- Cada vez mais a rede potencializa os usuários.

4- O impacto da expansão da cidade virtual já é uma realidade que se manifesta na dinâmica da cidade real de Niterói através de vários serviços, tais como: Correio Eletrônico, consultas, Bancos, Encontros Virtuais, Escolas e outros. O usuário, através de um click se manifesta, decide tudo, vai de um lugar a outro, o mundo está sob o seu controle.

5- O desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação pode ser encarado como um os fatores favoráveis ao crescimento econômico da cidade real de Niterói.

6- O planejamento urbano da cidade real de Niterói não pode estar mais separada aos investimentos e ao planejamento da cidade virtual porque ambas se completam.

7-O inter-relacionamento dos moradores da cidade de Niterói, que usufruem a rede, aumenta a cada dia, porque se desenvolve o hábito de se estar on-line, de se conhecer on-line.


De certa forma, as conclusões do trabalho são otimistas, nos coloca a pensar se o usuário tem realmente o mundo sob seu controle.


Para ter acesso ao trabalho inteiro clique aqui

Átomos e Bits

O homem convive com a produção de conteúdos desde as pinturas nas cavernas. Essa não é a inovação que as novas tecnologias e o formato digital permitem . Porém, podendo fazer isso em formato digital, o poder das idéias ultrapassa a força do mundo dos negócios e permite ao homem se libertar dos suportes, rumo a liberdade de produção e distribuição.

Hoje em dia podemos criar, publicar e compartilhar nossas mídias pessoais, editar filmes, fotos, programar, interagir diretamente com o que queremos ouvir, ver, sentir. Fazemos nossa própria mídia. Somos nossa própria mídia.

Diante dessa possibilidade, como a sociedade se estrutura hoje?
A economia, hábitos, gostos, interatividade, hierarquias, toda uma cultura se redefine em função das novas tecnologias. A revolução digital afeta a vida social. Já não somos mais uma sociedade de átomos, vivemos entre átomos e bits, numa cultura complexa.

Quanta informação se produz no mundo?




Um bom local pra se acompanhar as novidades da cibercultura:
http://www.magnet.pro.br/cosmonet